Niterói é uma das cidades em que a medicina tem mais raízes históricas. Basta lembrar que entre os primeiros colonizadores do atual município, em meados do século XVII, já figurava um médico, Drº Francisco da Fonseca Diniz.
Tivemos também uma das mais antigas casas de saúde particulares do País: a Casa de Saúde Niteroiense, fundada em 1859 pelos médicos José Martins Rocha e João Luís Pimentel.
A 4 de julho de 1897 fundou-se a Sociedade de Medicina e Cirurgia de Niterói, com sede na rua São João (antigo Palácio da Presidência da Província), iniciativa de Augusto Ferreira e Silva (depois membro da Academia Nacional de Medicina) e de Francisco Portela, o primeiro Governador do Estado após a república. Os demais fundadores foram Lourival Souto, Antonio Francisco dos Santos Abreu, Manuel Afonso Viana, Manuel Correa Leal Junior, Antonio de Melo Muniz maia, Bento Maria da Costa, Antonio José da Silva Sardinha, Luiz Tavares de Macedo Junior, Torquato Sá Pinto Magalhães, Nereu Macúrio de Morais Guerra (falecido no mesmo ano) e Antônio Afonso Faustino, que voltaria a figurar em 1929, entre os fundadores da Associação atual.
A 19 de julho foram aprovados os estatutos e a 3 de agosto de 1897 celebrou-se a primeira sessão ordinária, elegendo-se Francisco Portela, Presidente de Honra. Na sessão seguinte, a 9 de agosto, Ferreira da Silva inaugurou a discussão científica de temas médicos, lendo sua tese estatística de mortalidade em Niterói nos últimos 40 anos. Criou-se um boletim informativo e técnico, sob responsabilidade de Zeferino de Meirelles, que não chegou a ser editado. Em dezembro de 1897 a Sociedade se extinguiu, porque a política partidária dominante no Estado não aceitava a presença de Francisco Portela em sua Presidência.
A atual associação Médica Fluminense foi fundada em 14 de agosto de 1929 e teve origem na Sociedade de Medicina e Cirurgia de Niterói quando foi transformada em organização de âmbito estadual com apoio imediato da Sociedade de Ciências Médicas de Teresópolis, Sociedade Médica de Petrópolis e Sociedade Fluminense de Medicina e Cirurgia (Campos), ocasião em que passou a ter a atual denominação Associação Médica Fluminense-AMF, considerada de Utilidade Pública pela Lei Estadual de nº 2.140, de 6 de maio de 1954, tem como sede e foro a Cidade de Niterói. Em 12/06/1952, instalada na sede da Rua Manoel de Abreu, nº 9, participou da criação da Associação Médica Brasileira.
Em 1969 conquistou através do então Governador do Estado do Rio de Janeiro, Dr. Geremias de Mattos Fontes ampla sede na Avenida Estácio de Sá, atual Avenida Roberto Silveira, com entrada pelas ruas Mario Alves e Presidente Backer, onde foi construída a Casa do Médico Fluminense em 1970, na gestão de Waldenir de Bragança.
Sócios Fundadores: Alarico Damásio, Alcides Figueiredo, Alfredo Lemos Duarte, Américo Oberlander, Antonio Affonso Faustino, Antonio Pires Salgado, Antonio Rodrigues de Almeida, Arídio Martins, Arthur Simas Cavalcanti, Ary Telles, Athayde Lopes, Aureliano Barcellos, Benevenuto Pereira Soares, Bernardino A. Sena Campos, Blanck Sant'Anna, Camaru Paes Leme, Carlos Viviros Costa Lima Claudino Cavalcanti, Cyro Moraes, Décio Gomes da Silva, Deocleciano Costa Velho, Edésio Silveira, Eduardo Imbassahy, Floriano Baptista, Francelino Barcellos, Francisco de Almeida Pimentel, Hamilton Nogueira, Heitor Baptista Regazzi, Hernanni Pires de Mello, João Baptista Leal, João Baptista Serra]ao, João Valentim Tavares, Jorge Silva, José Martins de Araújo Júnior, José de Almeida Mendonça, José Pereira Faustino, José Tavares da Silva, José Vergueiro da Cruz, Lauro Pinheiro Motta, Luciano Victor Pestre, Luiz Furtado de Mendonça, Luiz Briggs, Luiz Palmier, M. C. de Góes Monteiro, Mallet Mendonça, Manoel Pires de Mello, Mário Negreiros Pardal, Mário Saramago, Moacyr Bogado, Murilo Pires, Nelson Delduque, Nilo Bezerra Antunes, Octávio Martins Garcia, Odorico Martins Mullulo da Veiga, Paulo César de Almeida Pimentel, Rosalino de Amorim Macedo, alomão Vergueiro da Cruz, Waldemar de Lima Gouveia.
O Estatuto da Associação Médica Fluminense delega importantes incumbências aos seus diretores que além da parte administrativa atuam nas áreas científica, cultural e social.
A Diretoria Executiva é composta por sete diretores, além do Presidente e Vice- Presidente, não havendo remuneração para nenhum dos cargos. São cargos eletivos com gestão de três anos, sendo permitido pelo estatuto, apenas uma reeleição. Através do seu Conselho Departamental, que engloba todas as especialidades médicas a Associação Médica Fluminense atua nas áreas científica, cultural e Social exercendo uma relação direta e continua com a população niteroiense, e portanto serviços indispensáveis à melhoria das condições de vida em nossa cidade.
No entanto, apesar do intercâmbio Associação Médica Fluminense/População ser um dos seus valiosos objetivos, esta associação representa um espaço destinado à união de uma categoria com grande responsabilidade em nossa Sociedade.
Do ponto de vista estadual a Associação Médica Fluminense representa hoje uma grande força juntamente com as outras filiadas da
Associação Médica Brasileira e junto à Sociedade Médica do Estado do Rio de Janeiro.
O associativismo hierarquizado assumindo cada vez mais grande importância no desenvolvimento de uma categoria.
Portanto, é no espaço físico da nossa Associação Médica Fluminense, que de novo, unidos, os médicos se manterão fortes e capazes de traçarem o destino desta profissão tão admirada e, infelizmente raras vezes, tão execrada.